Matias Brotas abre exposição comemorativa de 10 anos da Séries MBac | Clube do Colecionador
A mostra coletiva abre ao público nesta quarta, dia 06 de dezembro, com uma curadoria de obras de diferentes artistas da cena nacional reforçando o trabalho da galeria na formação de colecionadores em arte contemporânea
A Matias Brotas encerra o ano de 2023 comemorando 10 anos do projeto Séries MBac | Clube do Colecionador com exposição coletiva que abre ao público dia 06 de dezembro e traz artistas renomados na cena nacional da arte contemporânea, como Almandrade, Alexandre Vogler, Osvaldo Gaia, Felippe Moraes, Rubiane Maia e Fernando Augusto. Além disso, apresenta novos talentos com obras de Ficore e Thiago Lessa.
O projeto iniciado em 2013 se consolida na formação de colecionadores em arte contemporânea pelo olhar singular do espectador na produção de sentido. Para esta edição comemorativa e buscando aprofundar o diálogo sobre o colecionismo de arte contemporânea, a galeria realiza uma linha do tempo das edições anteriores e convida colecionadores, críticos e curadores para refletir sobre a importância do colecionismo de arte no fomento da produção artística e na movimentação do circuito de arte contemporânea.
Logo na entrada, os visitantes serão convidados a entrar em um túnel do tempo com uma retrospectiva de obras que fizeram parte das edições anteriores do Clube do Colecionador, nomes como Antonio Bokel, Vanderlei Lopes, Shirley Paes Leme, Rosana Paste, Manfredo de Souzanetto, Mai-Britt Wolthers. A expografia é assinada pela designer capixaba Taiza Ammar.
Thiago Lessa – sem título 2023Ficore – Desconstrução
A curadoria realizada pela galeria nesta edição das séries apresenta trabalhos em poéticas e suportes diversos produzidos por artistas que se destacam na cena contemporânea das artes visuais, e nesta coletiva, o projeto expositivo também contemplará textos e áudios produzidos pelos artistas sobre as obras apresentadas.
Um dos destaques da exposição é o artista carioca Felippe Moraes. Ele apresenta obras inéditas do seu projeto “Eleda” concebido em residência no “Espaço Vazio” no meio da floresta da Tijuca, Rio de Janeiro. Eleda é um termo de origem Yoruba-Nago que diz respeito ao ancestral que habita em cada um. Uma de suas obras, por exemplo, fala sobre pés pretos no branco e como o impacto estético pode ressignificar eticamente nosso ser-no-mundo.
Outra série inédita na coletiva é ‘Casa Catedral’ do artista capixaba Fernando Augusto, no qual ele faz uma reflexão sobre a questão informal e geométrica. “A leveza, a tinta escorrida, a manualidade, a organicidade do trabalho, junto a essa geometria, junto a esse pensamento de precisão, para falar desse espaço que chamamos casa e falar de pintura como um lugar tanto de estabilidade quanto de instabilidade. Estabilidade qual? A busca, o interesse, o que a gente quer. Instabilidade é o movimento, a busca de encontrar alguma coisa, a insatisfação e esse movimento, de encontrar um lugar de satisfação. Por isso que eu chamo casa catedral’, explica o artista.
Outro trabalho que compõem Séries MBac | Clube do Colecionador nesta edição de 10 anos são as obras do artista baiano Almandrade. Entre o construtivo, o conceitual e a poesia, assim caminha o fazer artístico de Almandrade na persistência de um percurso marcado por uma coerência estética. Estes projetos de múltiplos, a palavra se insere na composição como mais um elemento plástico que completa a poética do trabalho. Ou melhor, qualifica o enigma poético com uma fina pitada de humor, quebra a racionalidade geométrica e enriquece a relação do olhar do espectador com as questões estéticas e conceituais. “Esses meus trabalhos estabelecem diálogos com a arte construtiva, como também com a arte conceitual. E a minha experiência também, como poeta, me leva em determinados momentos a fazer o uso da palavra como mais um elemento gráfico. O espectador é livre para fazer sua leitura, sua interpretação de acordo com seu repertório e com a sua experiência de vida”, explica o artista, que também é arquiteto, mestre em desenho urbano e poeta, e já participou de várias mostras coletivas, realizou mais de trinta exposições individuais em vários Estados e tem trabalhos em vários acervos particulares e públicos pelo Brasil e exterior.
Fernando Augusto – série Casa CatedralFelippe Moraes – Alegoria de Oxalufan , série Eledá
A mostra também traz um conjunto de obras do artista carioca Alexandre Vogler, que desde 2000 desenvolve trabalhos em contexto público e sistemas de comunicação, individualmente ou em coletivos, e já exibiu seu trabalho na X Bienal de Havana, Portikus Frankfurt, MHKA Antuérpia, X Bienal do Mercosul e na última década tem se dedicado à construção de esculturas ambientais que envolvem plantio e estruturas terapêuticas. Na coletiva da Matias Brotas ele apresenta ‘O Triunfo do Projeto Construtivo Brasileiro’, um conjunto de obras que são configurações apropriadas de antigas caixas de fósforo, disseminadas na esfera popular, que servem a produção de pinturas/alegorias que refletem sobre processos históricos e culturais, estabelecendo vínculo com o pensamento visual moderno exercido e propagado no design e arquitetura brasileira na primeira metade do séc.
Outra artista que compõem a 10ª edição da Séries é Rubiane Maia, destaque na Bienal de São Paulo deste ano e na ArtRio 2023 através da Matias Brotas, a artista apresenta em Vitória a obra ‘Percepção Vital’, uma obra que examina as relações entre os fenômenos vitais e as transformações químicas presentes nos campos da bio e da geologia. Por meio do recorte, da sobreposição e da colagem, a obra apresenta ilustrações em preto e branco que se misturam com fragmentos recortados de textos e conceitos que interessam a artista em seu processo de criação e pesquisa. Nesta seleção, cada enquadramento exibido revela um microcosmos em lente aumentada, que dialoga com a imagem anterior ou seguinte, como se fosse um livro aberto. Figuras, linhas e geometrias formam passagens, portais de entrada e saída que tem a função de interromper a linearidade das narrativas. De certo modo, é uma obra que pretende bem mais, oferecer pistas do que dar respostas.
E dentre os novos talentos presentes na exposição está o artista Ficore. Conhecido por seus murais, Ficore conquistou notoriedade no cenário da Arte Urbana Brasileira, com um estilo característico de pintura em composições de imagens fragmentadas através de elementos geométricos e interseção de linhas. Em sua pesquisa, investiga questões como memória, temporalidade e impermanência, explorando camadas entre a materialidade e a história dos lugares por onde passa. Na coletiva ele apresenta a série intitulada “Desconstrução”, na qual realiza instalações com interesse nas camadas de concreto e tinta que estão além da superfície, onde questiona a função das paredes, e invoca novas possibilidades e reflexões entre o Graffiti e o circuito de Arte Contemporânea.
Alexandre Vogler – Série O Triunfo do Projeto Construtivo
Serviço:
Exposição Séries MBac | Clube do Colecionador 2023 – edição comemorativa 10 anos – Matias Brotas arte contemporânea
De 06 de dezembro de 2023 a 01 de março de 2024
Visitação gratuita de segunda a sexta de 10h às 19h (exceto feriados)
Matias Brotas arte contemporânea: Av. Carlos Gomes de Sá, 130 – Mata da Praia, Tel: (27) 99933-8172 / 3327-6966
Não é só forró e quadrilha que diverte o público na festa junina no shopping Mestre Álvaro. Neste sábado, dia 14 de junho, a partir das 13h, o Piso L2 será palco de uma celebração inusitada e cheia de personalidade para pessoas de todas as idades: o ‘K-Arraiá’. A festa junina com tempero coreano vai encantar fãs de k-pop, doramas e das tradicionais brincadeiras do período. A programação é gratuita e os ingressos já podem ser retirados pelo site Sympla.
O evento reúne comidas típicas juninas e delícias orientais, como o kimchi, Corn Dog, Onigiri, Waffle Ball, entre outras opções da Yaz Doceria Orienta além de atrações como barraca do beijo com imagem de membro do BTS para fotos, bingo com prêmios, pescaria, casamento dorameiro, produtos de k-pop e dorama no estande da Millennium Store, e uma super quadrilha com participação do público. A animação fica por conta da produtora Yunikonland, com apresentações cover de grupos de k-pop, criando o verdadeiro “comeback rural”, com direito a Jungkook noivo e Bangchan puxando a quadrilha.
Amanda Duque, gerente de marketing do shopping Mestre Álvaro, explica que o evento é uma oportunidade de unir culturas e celebrar a diversidade. “O K-Arraiá reforça nosso compromisso em oferecer experiências inovadoras e inclusivas, misturando ritmos, sabores e estilos em um ambiente divertido, no qual todos possam se sentir acolhidos”, diz.
K-Arraiá
Quando: 14 de junho (sábado)
Horário: A partir das 13h
Local: Piso L2 – Área Diversão do Mestre | Shopping Mestre Álvaro (Avenida João Palácio, 300, Eurico Salles – Serra)
Mais do que uma apresentação musical, a noite do dia 13 de junho no Teatro Sesi, em Jardim da Penha, promete ser uma verdadeira jornada sonora, conduzida por obras que desafiaram padrões e abriram caminho para novas formas de sentir e pensar o mundo. Nesta sexta-feira, a partir das 19h30, o público vai conferir o concerto Sinfonia da Revolução, um espetáculo grandioso que celebra a força transformadora da música através de obras marcantes do repertório clássico.
O programa tem como destaque a imponente Sinfonia nº 3 em Mi bemol maior, Op. 55 – “Eroica”, de Ludwig van Beethoven, uma das composições mais revolucionárias da história da música ocidental. Com sua estrutura monumental, intensidade dramática e inovações harmônicas, a obra simboliza a ruptura com o passado e o nascimento de uma nova era artística.
A noite contará ainda com a participação especial do solista Ernesto Peña, que vai interpretar o Concerto para Viola e Orquestra, de Henri Casadesus, obra que homenageia o estilo clássico com elegância e virtuosismo, explorando toda a expressividade deste instrumento singular.
Sinfonia da Revolução é um convite à reflexão sobre a capacidade da música de inspirar mudanças e transcender limites, em uma experiência sonora intensa e memorável.
Foto: Studio Base 40/Divulgação
Orquestra Camerata Sesi em ‘Temporada Clássica – Sinfonia da Revolução: Beethoven’
Quando: 13 de junho (sexta-feira)
Local: TEATRO SESI (Rua Tupinambás, 240, Jardim da Penha, Vitória)
Vencedor do Grammy Latino, o BaianaSystem está de volta ao Espírito Santo e o palco escolhido foi o do Festival Movimento Cidade, maior festival de artes integradas do ES, que realiza sua 7ª edição nos dias 15 e 16 de agosto, no Parque da Prainha, em Vila Velha. Com uma trajetória marcada por fusões sonoras, visuais impactantes e forte conexão com a cultura popular, o grupo baiano promete uma apresentação intensa e coletiva, à altura da celebração de seus 15 anos, trazendo o show “Nossa cultura em primeiro lugar”. O show acontece no dia 15 de agosto. A entrada é gratuita, mas considere chegar cedo, pois está sujeito à lotação do espaço.
O novo espetáculo é resultado de um processo contínuo de experimentação. “Esse formato tem como combustível a calma que tivemos para pensar uma junção das coisas que a gente vem experimentando nos últimos shows e nas próprias apresentações no Navio Pirata”, explica o guitarrista Roberto Barreto. O show é um convite para mergulhar nas sonoridades que o BaianaSystem vem lapidando em sua trajetória pelo Brasil e pelo mundo.
A ideia de colocar “nossa cultura em primeiro lugar” traduz a proposta de um espetáculo que honra as múltiplas raízes que alimentam a identidade do grupo. “Essa cultura é o que acaba nos unindo e nos sustentando. Traduz muito do nosso espetáculo”, reforça Barreto. O show também resgata e reinventa o folclore brasileiro por meio de imagens sonoras e personagens que emergem da diversidade cultural do país.
O BaianaSystem ganhou o Grammy Latino 2019 na categoria “Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa” pelo disco “O Futuro Não Demora”. As principais músicas do BaianaSystem incluem “Playsom”, “Lucro (Descomprimindo)”, “Duas Cidades”, “Capim Guiné”, “Jah Jah Revolta”, “Bala na Agulha”, “Reza Forte”, “O Mundo Dá Voltas” e “Alvoroço”.
Em 2025, o MC amplia sua presença, ocupando novos espaços em Vila Velha e Vitória, com oficinas, mostras audiovisuais, arte urbana, performances, rodas de escuta, esportes e atividades voltadas para o bem-estar. Em 2024, o Festival MC reuniu cerca de 100 mil pessoas durante os três dias de evento.