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Dia da Consciência Negra marca lançamento de livro sobre videoclipe de rap capixaba

Idealizador de projetos como o Cine Rap e Panela Audiovisual, o escritor Luiz Eduardo Neves lança o livro “Onde se vê música: o lugar do videoclipe de rap do Espírito Santo” nesta quarta-feira, dia 20, em Itapuã

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No Dia da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira, dia 20 de novembro, acontece o lançamento do livro “Onde se vê música: o lugar do videoclipe de rap do Espírito Santo”, de Luiz Eduardo Neves. O evento acontece às 18h, na tabacaria Baze Club, em Itapuã, Vila Velha, com entrada franca, e apresentação do DJ Jader Mansano, conhecido por sua pesquisa musical que começou com ritmos nordestinos, Brasilidades, Samba Rock, Soul e Jazz. Para o lançamento, ele preparou uma playlist voltada para a cultura urbana, com foco em rap, resgatando as influências de resistência e inovação que dialogam com o tema do livro.

A mesa de bate-papo que integra o lançamento do livro contará com intérpretes de Libras e mediação da editora literária Marília Cafe. O debate reunirá profissionais e pesquisadores para discutir temas centrais da obra, como o impacto do rap e da produção audiovisual na cultura urbana e nas dinâmicas sociais contemporâneas.

Entre os convidados está Patrícia Paveis, professora da UFES e pesquisadora em cibercultura e antropologia digital, com uma visão sobre a relação entre música, tecnologia e consumo cultural. Suellen Vasconcelos, cineasta premiada, discutirá a importância dos videoclipes como meio de expressão artística e resistência. O escritor Marciel Cordeiro, que explora temas de identidade e relações sociais em suas obras, abordará como o rap e a literatura podem ser ferramentas de afirmação cultural e diálogo com as questões sociais do país.

O livro 

A obra, publicada pela Editora Pedregulho, mergulha na cena do hip-hop capixaba, explorando o papel dos videoclipes como um espaço de resistência e expressão cultural. Neves, que atua na produção audiovisual local, traça uma análise sobre como o rap produzido no Espírito Santo dialoga com o cenário global, ao mesmo tempo em que mantém suas singularidades regionais e reflete as realidades sociais do Estado.

No livro, Luiz Eduardo analisa videoclipes que capturam as nuances da cena local, como “Canção Infantil”, de Cesar MC, que traz uma mensagem poderosa de indignação e afeto, gravada em uma escola pública no Morro do Quadro, em Vitória, explorando aspectos visuais e narrativos que conectam a música ao ambiente escolar e urbano, dando um tom reflexivo ao cotidiano registrado. “CherryBlossom”, do Solveris, diferencia-se por uma estética que se afasta dos elementos comuns do rap, como o grafite e o cenário urbano, levando o público a outro tipo de territorialização da canção e explorando referências do soul e do R&B.

Já “Primavera Fascista”, uma faixa que reúne os MCs capixabas Bocaum, Leoni, Adikto, Axant, Mary Jane, Vk Mac e Dudu, expressa a indignação e reflexões sobre a política e os desafios sociais do Brasil. A música e seu videoclipe se tornaram símbolos de resistência no cenário do rap nacional quando foi lançada, em 2018. 

“O livro busca entender como o videoclipe se consolidou como uma mídia que divulga a música, além de refletir e amplificar questões sociais importantes. No caso do rap capixaba, torna-se ainda mais poderosa, pois dá visibilidade à voz de quem vive a dinâmica dos centros urbanos, promovendo uma conexão direta entre a cultura local e o público. Esse registro é essencial para compreender como o hip-hop no Espírito Santo ultrapassa a condição de apenas um estilo musical, é um movimento cultural que afirma identidades e questiona desigualdades”, destaca Neves.

O projeto da edição e impressão do livro foi contemplado pelo edital nº 11/22 de Produção e Difusão de Obras Literárias no Espírito Santo da Secretaria de Estado da Cultura (Secult/ES).

Luiz Eduardo Neves

Sobre o autor

Luiz Eduardo Neves é doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde também concluiu seu mestrado em Comunicação e Territorialidades. É autor de uma série de videoclipes e documentários. Idealizou projetos como o Cine Rap e Panela Audiovisual, além de fomentar e registrar a cultura hip-hop local, dando visibilidade a artistas independentes e ampliando o debate sobre essa expressão urbana. Ainda atua como jornalista na Prefeitura de Vila Velha e professor do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Novo Milênio.

Lançamento do livro “Onde se vê música: o lugar do videoclipe de rap do Espírito Santo”, de Luiz Eduardo Neves

Atração musical: DJ Jader Mansano

Bate-papo com Patrícia Paveis, Suellen Vasconcelos, Marciel Cordeiro e Luiz Eduardo Neves, e mediação de Marília Cafe

Local: Baze Club (Rua Goiânia, 156, loja 7, Itapuã, Vila Velha)

Horário: 18h

Entrada franca

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Cultura

“Cada canto tem sua alma, sua história e seu jeito de celebrar a vida”, declara a banda Atitude 67 em entrevista exclusiva

Pedrinho, Leandrinho, GP, Eric, Karan e Regê se apresentam nesta quinta-feira (19), em Guriri, mas antes falaram com o Fica a Dica ES

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Tem banda que não faz só música: realça memórias, remonta cenários, desperta sensações, promove aquela saudade boa. E, sendo você botequeiro ou não, certamente já ouviu os hits deles. Arrisco dizer ainda: já se pegou cantando os refrões por aí – até mesmo para alguém especial. De identidade musical inovadora e com aquela energia boa que lembra verão (mas segue sendo atemporal e vai dos dias mais frios de inverno à estação mais quente do ano), a banda Atitude 67 é a união de amigos de infância que têm em comum a vontade – e o talento – de produzir um som diferenciado.

E se, depois de tanto tempo nas paradas de sucesso, você ainda não conhece a explicação para o nome da banda, a gente te explica: Ainda no ensino médio, o sexteto “Atitude” se apresentava para os colegas e, juntos, cantavam e tocavam suas músicas preferidas de pagode em rodas de samba improvisadas. Já instalados na capital paulista, em 2017, o sexteto, que tinha até então o nome “Atitude” e era constantemente chamado pelos contratantes de “os meninos do 67” – devido ao DDD do Mato Grosso do Sul (67) -, decidiram incluir o número no nome da banda como uma forma de identificação de onde vieram e para demonstrar o imenso orgulho de suas raízes.

Ou seja: além da originalidade e forte identidade musical, o que traz os meninos do Atitude 67 a uma apresentação especial no ES nesta quinta-feira, dia 19, é também a conexão com suas origens e a valorização da essência e identidade que começaram a construir ainda na juventude. Tudo a ver com o conceito do festival Sabores de Boteco São Mateus, que acontece até sábado (21), com entrada gratuita, no Parador Internacional Guriri.

Prestes a desembarcarem no Estado, Pedrinho, Leandrinho, GP, Eric, Karan e Regê conversaram com o Fica a Dica ES e falaram sobre cultura capixaba, a importância de festivais culturais para a identidade regional, músicas do novo EP, intitulado “Sunset Meia Sete”, e muito mais!

Claro que, nesse bate-papo, aproveitamos também para trazer um pequeno spoiler do que o público pode esperar da apresentação no Norte do Estado. Vem ver!

O Festival Sabores de Boteco São Mateus é um convite à celebração da diversidade regional, ao legado e exaltação tanto da cultura quanto da gastronomia capixaba, além das experiências que vivemos através de eventos como esse. O que já tiveram a oportunidade de conhecer no Espírito Santo e o que mais gostariam de explorar por aqui?

Atitude 67: Já tivemos a alegria de passar pelo Espírito Santo algumas vezes, sempre com experiências muito marcantes, desde a recepção calorosa da galera até o contato com a culinária incrível. Mas ainda queremos explorar muito mais! Temos muita vontade de conhecer melhor as praias, provar mais pratos típicos e trocar ideia com a galera local pra sentir de perto essa cultura tão rica.

Conhecem algum artista ou som feito no nosso Estado?

A67: Claro! A gente tem muito respeito por artistas como Silva, que representa demais o Espírito Santo com sua musicalidade única. Também já ouvimos sons da galera do congo capixaba, que é uma expressão cultural muito forte e bonita. Tem muita riqueza musical por aí!

Um dos pilares do festival é valorizar a identidade do povo capixaba. Como artistas que percorrem tantos cantos do Brasil, como enxergam a importância de eventos que fortalecem as raízes culturais de cada região?

A67: A gente acredita que o Brasil é feito de muitos “Brasis”, e cada canto tem sua alma, sua história e seu jeito de celebrar a vida. Festivais como esse são fundamentais pra manter vivas as tradições, valorizar os artistas locais e criar pontes entre cultura, música e gastronomia. É isso que mantém a cultura pulsando!

A música de vocês carrega alegria, afeto e muita brasilidade. De que forma essa essência se conecta com a atmosfera do Espírito Santo e com a proposta de um festival que une cultura e sabores?

A67: Nossa música nasceu da mistura, da rua, do bar, do churrasco com os amigos. E quando a gente vê um festival que une cultura, sabores e alegria, sentimos que estamos no lugar certo. O Espírito Santo tem essa vibe acolhedora, de celebração, que se conecta muito com o que a gente acredita e vive no palco.

O público está em contagem regressiva para a apresentação de vocês no festival. O que estão preparando de especial para essa apresentação? Podemos esperar alguma surpresa no repertório?

A67: Pode ter certeza que estamos preparando um show especial! Vai ter aquele clima de roda de amigos, muita música pra cantar junto e, sim, algumas surpresas no repertório — músicas que a galera não espera, talvez até um momento mais acústico no meio do show… Quem colar vai sentir essa energia diferente que estamos preparando.

Grande parte dos artistas que se apresentam no ES dizem que a energia e a entrega dos capixabas são diferenciadas, ainda mais quando se trata de samba e pagode. Levando isso em consideração, se pudessem dedicar uma música de vocês ao público capixaba, qual seria?

A67: A gente dedicaria “Cerveja de Garrafa”, que tem a vibe de celebração, resenha boa, alegria que é a cara do Espírito Santo. Mas também tem “Saideira”, que fala desse momento de aproveitar a vida com quem se ama. Porém, também tem trabalho novo, músicas como “Uns 10” gravada com nosso amigo Dilsinho, “Mó Talento (Modo Turbo)”, gravada com Guilherme e Benuto. Difícil escolher só uma… então vamos entregar o repertório inteiro com carinho pra essa galera especial!

Depois desse convite, fica difícil resistir né?! Então #ficaadica: o Sabores de Boteco São Mateus acontece nesse feriadão, de 19 a 21 de junho, no Parador Internacional Guriri. E se você marcar presença por lá, marque o @ficaadicaes no instagram e compartilhe a sua experiência com a gente!

Festival Sabores de Boteco São Mateus

Quando: de 19 a 21 de junho

Horário: 19/06 – 16h | 20/06 – 18h | 21/06: 16h

Local: Parador Internacional Guriri (Avenida Esbertalina Barbosa Damiani – Guriri, São Mateus)

Informações: através do instagram @projetosabor.es

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Oficina gratuita de Maracatu com Mestre Danillo Mendes (PE) no Sesc Glória

Experiência acontece nesta quarta-feira, dia 18, às 19h, no Teatro Virginia Tamanini (5º andar)

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O projeto Dia do Curioso Musical, no Centro Cultural Sesc Glória, apresenta uma edição especial dedicada ao maracatu de baque virado, manifestação tradicional de Pernambuco. Guardião dos saberes dessa tradição, Mestre Danillo Mendes, fundador da Nação Encanto do Dendê (PE), compartilha sua experiência com o público, em uma oficina diversificada e contemporânea, nesta quarta-feira, dia 18, às 19h, no Teatro Virginia Tamanini (5º andar).

Para participar, basta levar a doação de 1 kg de alimento para o programa Sesc Mesa Brasil. É possível fazer a inscrição diretamente na bilheteria do Sesc Glória ou pela internet, no site https://lets.events/e/dia-do-curioso-musical-maracatu-com-mestre-danillo-mendes .

O Maracatu é uma manifestação cultural afro-brasileira que mistura música, dança e religiosidade, com raízes profundas nas tradições africanas trazidas ao Brasil, especialmente em Pernambuco, onde se desenvolveram seus principais estilos. É um dos mais vibrantes e simbólicos ritmos do Carnaval nordestino.  

O Dia do Curioso Musical “Maracatu de baque virado”, no Sesc Glória, será conduzido por Mestre Danillo Mendes, fundador da Nação Encanto do Dendê (PE). Dividido entre momentos práticos e de conversa, a vivência apresenta os toques, toadas e fundamentos da tradição, com foco nos instrumentos da nação: alfaia, mineiro/ganzá, agbê, caixa e gonguê.

 Aberta a pessoas de todas as idades e níveis de experiência, a vivência disponibiliza instrumentos no local, mas recomenda que os participantes tragam os seus, desde que adequados ao maracatu. Ao final, todos aprenderão a tocar e cantar algumas das toadas do Dendê. 

O maracatu de baque virado é uma manifestação tradicional de Pernambuco, reconhecido patrimônio imaterial pelo Iphan desde 2014. Os mestres de maracatu são os guardiões dos saberes dessa tradição, comprometidos com a manutenção do brinquedo. 

Mestre Danillo, à frente do Dendê desde sua fundação, realiza vivências pelo Brasil desde 2022. Em 2025, sua turnê passa por vários estados — esta é sua primeira vez no Espírito Santo.

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Cultura

K-Arraiá na Serra: Tem festa junina com tempero coreano neste fim de semana

Quadrilha, sanfona e… K-pop! Evento gratuito une o melhor das tradições juninas à cultura coreana neste sábado (14), no Shopping Mestre Álvaro

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Não é só forró e quadrilha que diverte o público na festa junina no shopping Mestre Álvaro. Neste sábado, dia 14 de junho, a partir das 13h, o Piso L2 será palco de uma celebração inusitada e cheia de personalidade para pessoas de todas as idades: o ‘K-Arraiá’. A festa junina com tempero coreano vai encantar fãs de k-pop, doramas e das tradicionais brincadeiras do período. A programação é gratuita e os ingressos já podem ser retirados pelo site Sympla.

O evento reúne comidas típicas juninas e delícias orientais, como o kimchi, Corn Dog, Onigiri, Waffle Ball, entre outras opções da Yaz Doceria Orienta além de atrações como barraca do beijo com imagem de membro do BTS para fotos, bingo com prêmios, pescaria, casamento dorameiro, produtos de k-pop e dorama no estande da Millennium Store, e uma super quadrilha com participação do público. A animação fica por conta da produtora Yunikonland, com apresentações cover de grupos de k-pop, criando o verdadeiro “comeback rural”, com direito a Jungkook noivo e Bangchan puxando a quadrilha.

Amanda Duque, gerente de marketing do shopping Mestre Álvaro, explica que o evento é uma oportunidade de unir culturas e celebrar a diversidade. “O K-Arraiá reforça nosso compromisso em oferecer experiências inovadoras e inclusivas, misturando ritmos, sabores e estilos em um ambiente divertido, no qual todos possam se sentir acolhidos”, diz.

K-Arraiá 

Quando: 14 de junho (sábado)

Horário: A partir das 13h

Local: Piso L2 – Área Diversão do Mestre | Shopping Mestre Álvaro (Avenida João Palácio, 300, Eurico Salles – Serra)

Entrada gratuita

Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/k-arraia-balao-kimchi-e-sanfona/2974527

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